A nova corrida pelo domínio do espaço ultraterrestre
DOI:
https://doi.org/10.18667/cienciaypoderaereo.677Palavras-chave:
Corrida espacial, domínio do espaço, militarização, Direito espacial, satélites, tecnologias espaciaisResumo
Este artigo de reflexão procedente da pesquisa é resultado de um estudo exploratório realizado pelos autores, tanto sobre o uso civil e militar dado no presente às órbitas de satélites terrestres, quanto em um possível conflito internacional no qual as capacidades espaciais dos países envolvidos são usadas. A análise é realizada no marco do Tratado do Espaço Exterior das Nações Unidas. Do mesmo modo, este estudo apresenta uma abordagem jurídica e técnica permitindo visualizar um possível conflito e a violação do mandato de não militarização do espaço exterior. Para isso, no começo será apresentada uma compilação de antecedentes históricos da corrida espacial, enfocando aqueles marcos que tem permitido à humanidade atingir a evolução tecnológica atual, seguida de uma análise normativa aplicável às tecnologias satelitais. Além disso, serão expostos referentes tecnológicos de sistemas que são usados hoje em dia para propósitos tanto civis quanto militares. Dessa forma, será realizado um estudo de contexto que permite evidenciar as ameaças e possibilidades de um conflito internacional, analisando as capacidades institucionais e militares que estão sendo desenvolvidas globalmente pelos países que são potências no desenvolvimento de tecnologias espaciais. Uma vez estabelecida que a possibilidade do conflito mencionada é real e latente, e na qual é possível usar as capacidades militares no espaço ultraterrestre, serão analisados os principais aspectos do conceito de militarização do espaço com sua respectiva normativa associada. Por último, foram estabelecidas como conclusões do estudo que até hoje o espaço está militarizado e que é necessária uma atualização da normativa espacial levando em consideração a data de sua elaboração.
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